O Dia Internacional da Saúde Feminina, assinalado no próximo sábado, 28 de maio, tem como objetivo alertar a população para as desigualdades ainda existentes entre mulheres e homens no acesso aos cuidados de saúde, mas também sensibilizar para a importância da saúde feminina e do devido acompanhamento médico, principalmente no âmbito dos direitos sexuais e reprodutivos.

Artigo da responsabilidade da Dra. Cristina Casaseca-Aliste Mostaza, médica de Família e especialista em Homeopatia

Apesar de ser este o foco quando se fala em “saúde da mulher”, ao longo dos anos, o conceito tem vindo a ganhar uma versão mais holística, valorizando, cada vez mais, também o bem-estar das mulheres, a prevenção de doenças, bem como a natureza interdisciplinar necessária para fazer face à diversidade de mulheres e de necessidades de saúde ao longo das suas vidas.

São diversos os fatores que influenciam a saúde da mulher, entre eles influências hormonais, muito relacionadas com a entrada e saída da idade fértil, e fatores sociais, visto que a luta das mulheres por estabelecerem o seu lugar ativo na sociedade tem sido constante e, em 2021, cerca de 55% das mulheres eram já ativas no mercado de trabalho em Portugal, uma percentagem que tem vindo a aumentar (1).

As mulheres passam por diferenças hormonais ao longo da sua vida, desde o aumento de hormonas na puberdade, até ao seu decréscimo na menopausa. Esta mudança de hormonas femininas faz com que a mulher passe por várias fases na sua vida, cada uma com características muito específicas.

Uma das principais causas de desconforto das mulheres são as dores menstruais. O ciclo menstrual tem uma grande influência no humor e nos níveis de energia das mulheres, sendo possível ajudar à sua regulação através de soluções homeopáticas.

A menstruação pode acarretar alguns sintomas, tais como dores de cabeça e abdominais, sinais esses que podem ser aliviados com esta opção terapêutica. Também as fases da gravidez e do pós-parto podem representar grandes desafios com todas as adaptações físicas e hormonais.

Além disso, o bebé torna-se prioritário. A homeopatia, sendo uma solução natural, pode ser uma boa opção para a gestante e para a fase do pós-parto, respeitando a prescrição e o aconselhamento médico ou farmacêutico. Nesta fase, a Homeopatia pode também ajudar à promoção da secreção do leite quando este não sobe naturalmente.

Mais tarde na vida, geralmente entre os 45 e os 55 anos, a mulher entra na menopausa, uma etapa natural da vida de todas as mulheres e que traz consigo alguns sintomas e desconforto, devido à quebra hormonal. Afrontamentos, alterações de humor, cansaço, insónias, falta de concentração, alterações no ciclo menstrual, dores de cabeça e abdominais são alguns destes sintomas. Cada mulher passa por este processo de uma forma muito individual, pelo que é fundamental tentar compreender as suas necessidades específicas. As soluções homeopáticas são individualizadas e respeitam as características de cada mulher, podendo ajudar a controlar estes sintomas e o desconforto associado, atuando na causa e não nos sintomas.

Acima de tudo, neste Dia Internacional da Saúde Feminina, é essencial compreender que cada mulher é uma mulher, com necessidades e características específicas, que influenciam as suas condições de saúde e de vida, sendo importante procurar as melhores soluções para enfrentar cada fase com a maior naturalidade possível.

 

(1) Fonte: Instituto Nacional de Estatística (INE)