A pediculose do couro cabeludo é uma doença provocada pelo Pediculus humanus capitis, vulgarmente designado por piolho. É um parasita do homem, que não se encontra em outras espécies, alimentando-se do sangue do hospedeiro.
Artigo da responsabilidade da Dra. Margarida Fortunato, pediatra e neonatologista do Hospital da Luz
O piolho vive exclusivamente no couro cabeludo dos humanos, podendo sobreviver fora do hospedeiro por períodos relativamente longos, superiores a 48h, o que lhe permite transmitir-se facilmente, nomeadamente através das roupas e sofás.
A pediculose do couro cabeludo não constitui um problema importante de saúde pública, mas causa desconforto considerável, devido ao prurido, eritema do couro cabeludo e eventual infeção secundária.
DESCONFORTO E EMBARAÇO
É uma causa importante de desconforto e embaraço social, mantendo-se o estigma de que ter piolhos é sinónimo de falta de higiene, o que não é verdade. Isto assume nas crianças um papel importante, uma vez que pode ser responsável pela marginalização e exclusão do grupo em que estão inseridas, com eventuais repercussões a nível psicológico.
A pediculose atinge todos os grupos demográficos e socioeconómicos, sendo mais frequente nas classes mais desfavorecidas. Afeta cerca de 35% das crianças em idade escolar e pré-escolar, principalmente do sexo feminino, pela maior proximidade física durante as brincadeiras e partilha de objetos pessoais, como pentes, fitas de cabelo e chapéus. De uma forma geral, é rara na raça negra.
Leia o artigo completo na edição de outubro 2016 (nº 265)
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