Todos os anos, o pingo no nariz, a dor de garganta e o cansaço invadem-nos. É o primeiro sinal de que o inverno chegou e se instalou. Sabe como se proteger das “doenças da estação”?
Os especialistas em Pneumologia e Alergologia são peremptórios: as doenças do aparelho respiratório tendem a aumentar, de uma maneira geral, no nosso País. Esta previsão afeta de forma similar os homens e as mulheres, mas os mesmos especialistas preveem que a prevalência destas afeções evoluirá de forma diferente dependendo da idade: entre os adultos e os idosos espera-se um aumento ainda maior do que entre as crianças e os jovens.
As patologias onde se prevê um maior aumento são: doenças obstrutivas crónicas (asma, bronquite crónica obstrutiva, doenças do sono, apneias obstrutivas e enfisema pulmonar), insuficiência respiratória crónica, cancro broncopulmonar, asma e traumatismos torácicos.
Os fatores que provocaram o aumento da incidência das doenças respiratórias, nos últimos anos, são de natureza diversa. Por um lado, o envelhecimento da população está relacionado com o aumento das patologias do aparelho respiratório, já que muitas delas afetam especialmente as pessoas de maior idade. A contaminação atmosférica do exterior e do interior dos edifícios é outro dos fatores de risco mais destacados em qualquer grupo etário, estando este associado aos processos de desenvolvimento económico e industrial dos países.
Também constituem um fator de risco fundamental determinados hábitos de vida muito frequentes entre os portugueses, principalmente o consumo de tabaco e outros, como a falta de atividade física e os hábitos alimentares.
COMO EVITAR AS DOENÇAS DE INVERNO?
A imunidade está mais ameaçada nesta época do ano. Assim, deve efetuar-se uma alimentação equilibrada, não haver uma exposição excessiva às baixas temperaturas, evitar bebidas geladas e não fumar.
A imunidade pode ser gerada através da vacinação. As vacinas são produzidas de forma que se assemelham a um vírus ou a uma bactéria específica, podendo ser administradas sem causar a doença. Em resposta à vacina, o organismo aumenta o número de anticorpos específicos, capazes de reconhecer e destruir o vírus ou a bactéria.
Existem diversas vacinas que previnem infeções comuns, como a gripe, o sarampo ou a hepatite B, existindo ainda imunoestimulantes, de administração oral, que utilizam extratos bacterianos, sendo capazes de prevenir infeções respiratórias causadas pelas bactérias e, ainda, provocar um reforço geral da imunidade, úteis também na prevenção de outras infeções de índice viral, como a gripe.
GRIPE: O PROBLEMA MAIS COMUM
Todos os anos são raros os casos de alguém que “passou” imune à gripe, uma doença contagiosa resultante da infeção pelo vírus influenza, o qual infecta o trato respiratório – nariz, seios nasais, garganta, pulmões e ouvidos.
A maior parte das pessoas recupera em uma a duas semanas. A gripe é mais perigosa nas crianças pequenas, nos idosos – com mais de 65 anos de idade –, nos doentes com problemas do sistema imunitário – infetados pelo VIH ou transplantados – ou com doenças crónicas – pulmonares, renais ou cardíacas. Nestes grupos de doentes, a gripe pode levar a complicações graves, originando o maior número de hospitalizações e de mortes.
Leia o artigo completo na edição de dezembro 2017 (nº 278)