A pílula anticoncecional continua a ser o método de contraceção mais amplamente utilizado (70 por cento) em Portugal, segundo o estudo “NEST-C – Novidades Epidemiológicas Sobre Tendências em Contraceção”, realizado pela Gedeon Richter, com o apoio científico da Sociedade Portuguesa de Contraceção (SPDC), no âmbito do Dia Mundial da Contraceção, que se assinalou a 26 de setembro.
De acordo com o estudo, as mulheres inquiridas realçam que os principais benefícios atribuídos à pílula são a eficácia contracetiva e a fácil toma. Em relação aos atributos extra contracetivos, 64 por cento das mulheres destacam o controlo do ciclo menstrual e 52 por cento salientam os benefícios para a pele.
O estudo revela também novas preocupações das mulheres em relação à sua contraceção, sobretudo do ponto de vista do seu impacto no ecossistema. 28 por cento das mulheres já ouviram falar sobre o impacto negativo das hormonas nos ecossistemas naturais, sendo que 35 por cento destas mulheres são as mais jovens, entre os 15 e os 19 anos.
Neste âmbito, verificou-se que mais de metade das mulheres (61 por cento) irá provavelmente pedir ao seu médico para prescrever uma pílula com um menor efeito nos ecossistemas naturais, o que demonstra uma certa preocupação em relação às questões ambientais.
O estudo, realizado pela Gedeon Richter e desenvolvido em maio de 2021, contou com a participação de 1508 mulheres – 46% com filhos; 38% do Norte e 29% da Área Metropolitana de Lisboa; 22% da zona Centro; 7% do Alentejo e 4% do Algarve.