Combater o sedentarismo, “ser e estar” fisicamente ativo é uma das opções de vida mais relevantes dos e para os portugueses de todas as idades, fundamental no que respeita à sua saúde, longevidade e qualidade de vida.

Artigo da responsabilidade do Dr. Pedro Marques da Silva, Internista e coordenador do Núcleo de Estudos de Prevenção e Risco Vascular (NEPRV) da Sociedade Portuguesa da Medicina Interna

 

Portugal é um país envelhecido. Somos 10,3 milhões de habitantes (concentrados nas zonas urbanas e litorais), com um decréscimo sentido da população. Este decrescimento deriva, essencialmente, de o número anual de mortes ser maior do que os nascimentos, mas também porque, nos últimos anos, tem havido um número crescente – felizmente a diminuir – dos portugueses que emigram.

Olhando para a média de idades, 21 por cento dos portugueses têm 65 ou mais e só 14 por cento tem menos de 15 anos. Há já um milhão de portugueses com 75 ou mais anos. Sim, hoje somos menos, mas vivemos mais (a esperança de vida é superior a 80 anos), e é aqui que temos de confrontar as nossas opções de vida e de saúde, responsavel e assumidamente. A saúde é demasiado importante para ficar só nas mãos dos médicos e dos restantes profissionais. A saúde é de todos!

ATIVIDADE FÍSICA TEM PAPEL DECISIVO

É por isso que a atividade física tem um papel decisivo no bem-estar das populações. Nas nossas vidas, somos capazes de confirmar que os nossos comportamentos são cada vez menos ativos. No trabalho, estamos muito tempo sentados; em casa, o comando da televisão ou as novas tecnologias dominam o nosso estar; nas escolas, não há ginásios e os recreios são novos “centros de smartphones” e obituários de brincadeiras ativas. E, depois, os números estão aí: cerca de 10 por cento da mortalidade prematura está associada ao sedentarismo e à inadequação da atividade regular desejável.

Como resultado, aumenta a obesidade, acumulam-se as doenças relacionadas, direta ou indiretamente, com o sedentarismo e agravam-se os custos de saúde que podem estar associados ao absentismo e à redução da produtividade.

Leia o artigo completo na edição de junho 2019 (nº 295)