Em antecipação ao Dia Mundial da Meningite, que se assinala anualmente a 5 de outubro, acaba de ser lançada uma campanha de sensibilização sobre esta patologia grave, tendo como mote “Meningite: Vamos pôr os pontos nos I’s”.
O principal objetivo desta iniciativa – que conta com o apoio da farmacêutica GSK – é alertar para a falta de informação sobre a meningite e contribuir para o esclarecimento sobre esta patologia.
É do conhecimento geral que a meningite é uma doença grave. Ainda assim, é importante perceber quais são os sinais e sintomas que os pais devem estar atentos, que para além dos bebés e crianças, os adolescentes também estão em risco de desenvolver esta doença e que existem diferentes tipos de meningite.
Com presença digital, nas redes sociais e na rádio, esta campanha estará em vigor até ao final de novembro de 2022.
A doença meningocócica, geralmente designada por meningite, pode ser difícil de reconhecer e diagnosticar numa fase inicial, devido ao facto de apresentar uma sintomatologia semelhante a uma gripe ou outras infeções virais menores e mais comuns.
Os sinais e sintomas iniciais são geralmente inespecíficos, podendo incluir febre, dores de cabeça, náuseas e vómitos, mas podem rapidamente evoluir para sintomas mais específicos e de maior gravidade como rigidez no pescoço, sensibilidade à luz ou aparecimento de erupções cutâneas (pequenas manchas vermelhas na pele) que não desvanecem com a pressão, pelo que é essencial garantir assistência médica atempada. Esta doença pode progredir rapidamente (em 24 a 48 horas) e levar a sequelas permanentes ou até à morte.
Cerca de 1 em cada 10 pessoas com meningite acaba por morrer, mesmo recebendo tratamento apropriado. Além disso, 20% dos sobreviventes correm o risco de sofrer graves sequelas que se traduzem em incapacidade física ou neurológica (amputação de membros, perda de audição ou problemas neurológicos).
É importante lembrar que a doença meningocócica invasiva não escolhe idades. Em Portugal, todos os anos são registados casos da doença em todas as faixas etárias. No entanto, esta doença é mais frequente em bebés e crianças registando-se, em alguns países, um segundo pico de incidência na adolescência e em jovens adultos devido aos comportamentos de risco típicos desta faixa etária como frequentarem locais sobrelotados (discotecas, bares, concertos), a partilha de objetos, comida e bebidas, fumar, maior contacto físico e namoros.
Um em cada quatro adolescentes é portador assintomático desta bactéria (meningococo), ou seja, aloja a bactéria na parte de trás do nariz e/ou garganta sem apresentar sinais ou sintomas da doença. Por este motivo, estas pessoas são potenciais transmissoras da bactéria para as restantes faixas etárias, sobretudo para os mais vulneráveis.
Os adolescentes são, portanto, um grupo de risco no que diz respeito à meningite, principalmente neste regresso à escola sem máscaras, depois da pandemia, que origina uma maior interação social entre estes. Neste grupo etário, os sintomas iniciais da meningite são muitas vezes desvalorizados, passíveis de confusão com os sintomas de uma gripe ou COVID-19, o que pode levar a que a procura por assistência médica seja mais tardia, provocando um atraso no diagnóstico. Consequentemente, a taxa de letalidade da doença meningocócica invasiva é mais elevada em adolescentes e jovens adultos, quando comparado com as faixas etárias mais novas.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) liderou o desenvolvimento de um plano universal que estabelece uma visão e uma proposta para derrotar a meningite até 2030. Este plano define uma visão abrangente para 2030, “Rumo a um mundo livre de meningite”, com três objetivos: eliminação de epidemias de meningite bacteriana; redução de casos de meningite bacteriana preveníveis por vacinação em 50% e dos óbitos em 70%; redução da incapacidade e melhoria da qualidade de vida após a meningite devido a qualquer causa.
Para mais informação deve consultar o seu médico. Poderá também visitar o site Por uma vida inteira pela frente.