A hipocondria é uma fobia que faz com que as pessoas vivam em constante estado de ansiedade, com medo de adoecerem com as mais terríveis enfermidades. Em consequência disso, muitas vezes, acabam mesmo por adoecer.

 

Os hipocondríacos são doentes imaginários. Supõem-se doentes, sem realmente o estarem. A sua doença está unicamente na sua cabeça e não no seu organismo, como eles receiam. Porém, sofrem enormemente e vivem num sistema de alerta constante, que lhes provoca grandes doses de ansiedade.

A hipocondria é, ao fim e ao cabo, uma fobia: o medo de ficar doente. É, por isso, uma obsessão com a saúde e um medo de poder desestabilizá-la. Os hipocondríacos são pessoas que se cuidam muitíssimo, mesmo exageradamente, transportando sempre comprimidos, vitaminas e medidores de tensão arterial, para onde quer que vão. Além disso, andam sempre no médico, solicitando exames completos para qualquer sintoma que tenham, por mais insignificante que seja.

Perfil do hipocondríaco

Para que possamos dizer que estamos perante um hipocondríaco, este deverá ter, durante um período de tempo significativo – pelo menos seis meses –, uma preocupação, medo ou crença de que tem uma doença grave, baseando-se na interpretação errada que faz de sensações corporais inofensivas.

Esta preocupação causa-lhe um sofrimento considerável ou acaba por interferir negativamente em áreas importantes da sua vida – com pior desempenho social, profissional ou outro – e persistindo esta ideia, apesar de adequadas avaliação e tranquilização médicas.

A hipocondria pode ser primária, ou seja, uma característica psicológica estável ao longo do tempo; ou secundária, sendo uma resposta transitória, resultado de um período mais vulnerável em que determinados sinais corporais fazem com que o indivíduo preste especial atenção à sua saúde e se preocupe excessivamente.

Leia o artigo completo na edição de março 2016 (nº 259)