Artigo da responsabilidade da Dra. Tatiana Semenova

Ter um bebé é o sonho de muitas mulheres e casais. No entanto, nem sempre é fácil consegui-lo. Os meses passam e o positivo não aparece no teste de gravidez… Ou aparece, mas a gestação não evolui. Esta é uma situação muito desgastante, e quem a vive reconhece que assim é. Felizmente, hoje em dia na maioria das vezes pode ser ultrapassada, com as técnicas de procriação medicamente assistida.

Procurar uma clínica de reprodução assistida é uma opção cada vez mais comum entre as mulheres e os casais que estão a tentar engravidar há mais de um ano e não conseguem.

Entre as várias técnicas disponíveis, uma das mais conhecidas é a Fertilização in vitro (FIV). Consiste em unir ovócitos com espermatozoides em condições do laboratório para criar embrião que posteriormente será transferido para o útero materno. Pode realizar-se de duas formas: a FIV convencional ou através da ICSI (injeção intracitoplasmática do espermatozoide) quando o espermatozoide é introduzido diretamente no óvulo. Neste contexto, aposta-se cada vez mais na metodologia SET (Single Embryo Transfer).

SET: UM EMBRIÃO MELHOR QUE DOIS

É possível que estejamos a caminhar rumo a um futuro no qual se chegue a considerar como má prática médica a transferência ao útero de mais de um embrião em simultâneo. A prática da transferência de embrião único já corresponde a 95% dos casos no IVI Lisboa. No entanto, e apesar de ser a nossa forte recomendação, baseada na literatura científica, esta decisão será sempre discutida com a mulher ou com o casal.

É importante saber, que a gestação múltipla só por si já é a gravidez de alto risco, independentemente se é o resultado da conceção natural ou após as técnicas de PMA.

Single Embryo Transfer, como a própria expressão indica, consiste em transferir um único embrião ao útero (e os restantes ficam congelados), ainda que tenha sido obtido mais do que um no tratamento por de FIV. Assim, evita-se a gestação múltipla e os perigos associados.

QUAIS SÃO OS RISCOS DE UMA GESTAÇÃO MÚLTIPLA?

Todos os riscos que possam existir na gravidez do feto único – maternos, fetais e associados ao parto – aumentam ainda mais na gravidez gemelar.

Entre os mais frequentes encontra-se o parto pré-termo, ou seja, aquele que ocorre antes da 37ª semana, e que tem lugar em mais de metade das gestações múltiplas. Conforme o grau da prematuridade (de ligeira a grave) variam sequelas no feto: imaturidade pulmonar, cerebral e de outros órgãos vitais que condiciona a necessidade de permanência destes bebes na incubadora durante semanas ou, por vezes, meses até atingirem a autonomia.

Também é maior a probabilidade de sofrer complicações maternas na gravidez, como hipertensão, pré-eclâmpsia, diabetes gestacional, entre outras, e complicações intra- e pós-parto: parto instrumental (Fórceps, por exemplo), por cesariana, hemorragia pós-parto etc.

Conseguir uma gravidez é importante, mas é fundamental que chegue ao seu termo e que nasça um bebé saudável.

COMO CONSEGUIR MAIS GRAVIDEZES COM MENOS EMBRIÕES

Uma das dúvidas que surge em consulta, é como é que se consegue evitar que baixe a taxa de sucesso dos tratamentos quando se transferem menos embriões? A resposta está na melhor seleção embrionária. Se escolhemos o embrião de melhor qualidade, é mais provável que o tratamento resulte numa gravidez e nascimento dum bebé saudável.

Escolher os melhores embriões requer o desenvolvimento de técnicas adequadas. Entre elas destaca-se a tecnologia Time-Lapse (utilizada na incubadora chamada EmbryoScope). A vantagem desta incubadora é que oferece a monitorização contínua do desenvolvimento embrionário (24 horas por dia) sem necessidade de retirada do embrião para a sua observação e avaliação, ou seja, ele permanece sempre em condições mais estáveis. Esta informação fica gravada sendo possível, assim, a sua revisão e análise posteriormente. Desta forma é possível a identificar os embriões que têm melhor morfologia e maior capacidade de implantação.

Mais uma das formas de selecionar os embriões de melhor qualidade é realizar biópsia embrionária para rastreio de alterações cromossómicas do embrião (PGT-A), antes da sua transferência para o útero. Mediante os tratamentos de PMA com recurso ao screening pré-implantação, atingem-se maiores taxas de sucesso na FIV e menores taxas de abortos espontâneos precoces.

Por outro lado, transferindo apenas um embrião conseguimos reduzir significativamente a taxa de gravidezes gemelar, e os riscos associados.

OS MÉTODOS MAIS AVANÇADOS

O IVIRMA é o maior grupo de medicina reprodutiva do mundo: estamos presentes em 11 países e temos mais de 65 clínicas onde trabalham mais de 2000 profissionais altamente especializados.

Há quase 30 anos que nos dedicamos à investigação para dar as melhores soluções às mulheres e aos casais que nos procuram para realizar o sonho de terem um filho. Só no ano passado publicámos mais de 139 artigos científicos, 125 abstratos nos congressos mais importantes do mundo e tivemos mais de 100 projetos de investigação em curso. Aliado a esta firme aposta pela investigação, destacam-se os nossos laboratórios, equipados com a tecnologia mais avançada, e o nível do nosso atendimento médico.

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