Setembro Dourado assinala o Mês Internacional de Sensibilização para o Cancro Infantil, uma iniciativa global que visa alertar para os desafios que as crianças e jovens com cancro, e as suas famílias, enfrentam durante todo o processo de tratamento.

Em Portugal surgem, anualmente, cerca de 400 novos casos de cancro infantil e o cancro continua a ser a primeira causa de morte por doença em crianças e adolescentes.

A Fundação Rui Osório de Castro (FROC), IPSS que atua na área da Oncologia Pediátrica, junta-se a esta campanha, destacando a importância de atender às necessidades psicossociais destas famílias e de sensibilizar a sociedade para o seu papel crucial de apoio.

Quando uma família recebe o devastador diagnóstico de cancro pediátrico, a sua vida muda drasticamente. Entre tratamentos prolongados, deslocações frequentes ao hospital e internamentos, surge uma pressão imensa que afeta o bem-estar emocional de todos os envolvidos. O impacto psicossocial é vasto e, nestes momentos, é essencial garantir que a criança ou jovem tenha o suporte necessário para enfrentar a doença com a maior normalidade possível.

A família é o alicerce do apoio emocional da criança e deve poder contar com recursos que vão além do acompanhamento clínico. É fundamental que a comunicação entre pais, irmãos e a própria criança seja aberta, honesta e adequada à idade e fase da doença, sem tabus. Nos hospitais, as equipas multidisciplinares – compostas por médicos, psicólogos, enfermeiros, auxiliares, assistentes sociais e educadores – estão preparadas para prestar apoio emocional e psicossocial especializado, ajudando a família a manter-se unida e funcional durante este período difícil.

Patrícia Cayatte, mãe de uma criança com doença oncológica refere que “era através de atualizações semanais, partilhadas numa rede social, com a família e amigos, que contávamos o nosso dia a dia, de todo o processo pelo qual estávamos a passar com a nossa filha de três anos. Receber todo o apoio foi fundamental e ajudou-nos a olhar para a frente, com a vontade de continuarmos otimistas e perseverantes nesta viagem, respeitando o tempo de todos!”

Contudo, o papel da sociedade civil não pode ser subestimado. Para que a criança ou jovem mantenha uma vida tão normal quanto possível, o apoio de escolas, amigos, vizinhos e atividades extracurriculares é fundamental. É na continuidade dessas atividades que as crianças encontram uma forma de manter a sua identidade e de viver para além dos tratamentos hospitalares. Todos temos um papel a desempenhar na inclusão e no suporte destas crianças, ajudando-as a sentir-se integradas e aceites.

Para Mariana Mena, diretora-geral da FROC, “Neste Setembro Dourado, apelamos a todos – sociedade, escolas, amigos, empresas – que desempenhem o seu papel de apoio às famílias e crianças que enfrentam o cancro pediátrico. Pequenos gestos podem fazer uma grande diferença na vida destas famílias, ajudando-as a manter uma sensação de normalidade e esperança, apesar da doença.”

Lenço Caleidoscópio – Um Símbolo de Solidariedade

Para apoiar estas famílias de forma concreta, a FROC uniu-se ao conceituado designer de moda Filipe Faísca para criar o lenço “Caleidoscópio”, uma peça cheia de cor e simbolismo. Este lenço representa a esperança, a união e a resiliência das crianças e jovens com cancro e das suas famílias. O valor das vendas do lenço reverte integralmente para apoiar os projetos informativos da FROC, que visam fornecer recursos valiosos para as famílias e crianças que enfrentam o diagnóstico e tratamento do cancro pediátrico.

É uma forma de mostrar solidariedade e compromisso com quem enfrenta o maior desafio das suas vidas.

Para adquirir o lenço “Caleidoscópio” ou mais informações, visite o site da FROC