Embora seja uma profissão com mais de 100 anos de história, a verdade é que a terapia ocupacional é ainda desconhecida para a maioria das famílias portuguesas. No Dia Mundial da Terapia Ocupacional (27 de outubro), o terapeuta ocupacional Luís Marques, da Residência Saúde Sénior, no Montijo, esclarece todas as dúvidas.
O que é um terapeuta ocupacional?
Inserido nos técnicos de diagnóstico e terapêutica, um terapeuta ocupacional é um profissional capaz de proceder à avaliação da condição do utente, interpretação dos sinais mais ou menos visíveis evidenciados pelo utente e acima de tudo, capaz de estabelecer objetivos de intervenção junto das populações com maiores necessidades interventivas por parte deste técnico, bem como no seu ambiente envolvente, social e familiar.
Qual é o seu papel?
Junto da população mais idosa, o terapeuta ocupacional está capacitado para se inventar e/ou reinventar face às metas estabelecidas, após cada avaliação, promovendo o desenvolvimento de competências motoras e cognitivas que estão inerentes à realização das mesmas. O desempenho ocupacional, será tanto melhor, quanto maiores e melhores forem também as competências e/ou a adaptação do ambiente físico e/ou social do utente, no seio familiar.
Tem ainda um papel preponderante no acompanhamento do sénior na sua vivência diária, disponibilizando todo o apoio necessário para um envelhecimento ativo, com qualidade, respeitando capacidades e/ou incapacidades, crenças e mesmo a sua vontade.
Quais são os benefícios?
Este apoio compreende todo um conjunto de estratégias, não só com vista a melhorar o desempenho nas AVD’s (atividades mais significativas, como o vestir/despir, o banho, cuidados de higiene básicos e alimentação), nas atividades que compreendem o contexto laboral (se for o caso), ou ainda nas atividades de lazer, avaliando o ambiente envolvente, adaptando ou mesmo projetando alterações necessárias a todo o seu desempenho, podendo existir necessidades de introduzir produtos de apoio específicos aquela realização e ou ensino de estratégias à família.
A intervenção do terapeuta ocupacional compreende a realização de exercícios desenhados, para melhoria das competências motoras (força, destreza, coordenação) e/ou cognitivas (memória, atenção, orientação, capacidade de resolução de problemas).
É ainda importante o papel do terapeuta ocupacional junto das equipas multidisciplinares, contribuindo sobre todos os aspetos que envolvem o utente e que carecem da intervenção de outras valências técnicas, com o objetivo máximo de dar ao idoso a oportunidade de ser mais autónomo, mais independente, mais consciente, mais orientado e assertivo, conduzindo a uma melhor qualidade de vida, seja numa residência sénior, seja no seu domicílio.
Fonte: Orpea