Artigo da responsabilidade da Dra. Ana Sofia Macedo, Intervenção Farmacêutica Holon
O termo “insuficiência sardíaca” (IC) significa que o nosso coração não está a bombear o sangue para o corpo tão bem quanto deveria. Isto significa que o sangue não consegue fornecer nutrientes e oxigénio suficientes ao organismo, para que este funcione normalmente.
É uma DOENÇA CRÓNICA, mas para a qual existe diversos tratamentos, podendo manter uma vida plena e ativa, contando com o apoio dos profissionais de saúde, como o seu farmacêutico.
QUANDO ME DEVO PREOCUPAR?
Por vezes, as pessoas que sofrem desta doença dizem que têm “dias bons” e “dias maus”. É importante que se mantenha muito atento a qualquer alteração dos sintomas ou ao aparecimento de um novo sintoma.
Alguns dos principais sintomas e conselhos sobre o que fazer:
O QUE POSSO FAZER PARA MELHORAR A MINHA QUALIDADE DE VIDA?
As pessoas com IC devem ter especial atenção à sua alimentação e à prática regular de exercício físico.
Os cuidados a ter com a alimentação devem ter em conta o consumo de sal, a ingestão de líquidos, a ingestão de alimentos ricos em potássio e o consumo de bebidas alcoólicas e cafeína.
Assim, uma alimentação “amiga do coração” deve ser completa, variada, equilibrada e ajustada às necessidades energéticas/nutricionais de cada pessoa, de forma a atingir e manter um peso saudável.
Na prática de exercício físico, o importante é que saiba a quantidade e a intensidade que pode praticar, assim como o tipo de exercício a realizar (caminhada, bicicleta, natação, dança), deve ser escolhido de acordo com os seus interesses e tendo em conta outras limitações de saúde que possam existir.
A NÍVEL EMOCIONAL
Para compreender e ajudar uma pessoa é necessário ouvi-la, procurando perceber como é que ela se vê naquele momento e como perceciona ser vista pela família e pela equipa multidisciplinar que a acompanha.
É importante reconhecer que algumas atitudes e manifestações de irritabilidade podem refletir o desconforto vivenciado pela pessoa face ao seu diagnóstico e às suas limitações.
NO DIA A DIA
A alteração dos hábitos e a adoção de novas rotinas diárias são dos componentes mais desafiantes, mas também mais preponderantes, no controlo da patologia.
O cuidador tem um papel fundamental na motivação e acompanhamento da adoção de um estilo de vida saudável, nomeadamente na alimentação e exercício físico.
NA GESTÃO DA MEDICAÇÃO
Conhecer a forma como a IC se manifesta e os seus sinais de alerta é fundamental para que possa dar suporte prático à pessoa com esta doença.
Nas consultas médicas, visitas à farmácia ou interações com outros profissionais de saúde, não hesite em colocar questões e participar ativamente nas interações. Nesta ocasião, pode também tomar nota das indicações transmitidas pelos profissionais de saúde.
Para que a pessoa possa tirar o máximo benefício dos medicamentos, isto é, para que estes exerçam o efeito pretendido, é necessário que a pessoa siga as orientações de forma rigorosa e não deixe de tomar ou altere a forma como toma os medicamentos sem falar com o seu médico ou com o seu farmacêutico.
Embora a própria pessoa deva ser responsável por conhecer os seus medicamentos e ser capacitada para os gerir, o cuidador também pode auxiliar neste processo.
No âmbito da Semana da Insuficiência Cardíaca, a Associação de Apoio aos Doentes com Insuficiência Cardíaca – AADIC, com o apoio das Farmácias Holon lançam a campanha de sensibilização ‘Lutar pela saúde do seu coração, vale a pena!’, destinada a pessoas com insuficiência cardíaca, seus cuidadores, familiares e público em geral.
Artigo publicado na edição de maio 2019 (nº 294)
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