Mais de 120 milhões de euros anuais é o custo desta doença silenciosa, que afeta 800 mil portugueses e que tende a agravar-se. Educação e prevenção são palavras de ordem para a Associação Portuguesa de Osteoporose.
No Dia Mundial da Osteoporose, a Associação Portuguesa de Osteoporose (APO) alerta para a gravidade da doença, e para os números alarmantes das mais recentes projeções até 2050, que indicam um aumento de 32% de fraturas causadas pela doença se nada for feito para contrariar.
Sendo claro que o envelhecimento da população justifica doenças de caráter degenerativo, e que impacta claramente os ossos, a APO considera urgente aumentar a literacia da população sobre este problema, nomeadamente sobre as vantagens de prevenir, diagnosticar e controlar as suas consequências.
Por um lado, pelo impacto na qualidade de vida e no envelhecimento ativo, por outro porque “uma sociedade envelhecida, com a sua autonomia fortemente condicionada e incapacitada também paga a fatura, moral e económica” refere Pedro Cantista, presidente da APO.
Nesse sentido, a APO reforça o seu vasto programa de sensibilização para a Prevenção e Rastreio da Osteoporose. A osteoporose é reconhecida como doença silenciosa que não apresenta qualquer sintoma, até ocorrer uma fratura devido à fragilidade dos ossos. “A experiência da realização de rastreios como os que têm vindo a ser promovidos pela APO revela-se de uma grande utilidade no conhecimento da doença e de doentes, até então não diagnosticados”. refere Pedro Cantista.
Este é um programa que conta há quase 30 anos com o apoio da Mimosa, uma parceria legitimada pela relação positiva do leite com a saúde óssea, e que nos tem permitido chegar a milhares de pessoas, educando e sensibilizando para hábitos de vida saudáveis. refere Jorge Pereira, sócio fundador da APO.
Prevenir em idades mais jovens, e contrariar a perda natural de massa óssea na idade adulta é algo que todos devem ser motivados a fazer, através de pequenos — mas saudáveis — hábitos de vida.
Adotar uma alimentação saudável, que forneça quantidades adequadas de cálcio, vitamina D e proteínas; moderando o consumo de sal, cafeina e álcool contribui para
a saúde dos ossos. A APO defende que podemos e devemos diversificar as fontes de cálcio privilegiando o cálcio dos alimentos, sendo o cálcio proveniente dos lacticínios o mais facilmente absorvido pelo organismo.
A prática de exercício físico deve fazer parte do dia a dia desde cedo, contribuindo para ossos fortes e uma natural perda de massa óssea mais lenta.
No dia 5 de novembro, regressa a Corrida dos Ossos Saudáveis, apoiada pela Mimosa, com organização técnica da Run Porto, uma iniciativa que junta o leite e a corrida como grandes aliados de uma estrutura óssea saudável. O programa de sensibilização e rastreios irá integrar a Feira do Desporto, que decorrer nos dias 3 e 4 de Novembro, na Alfândega do Porto.
As inscrições podem ser feitas em www.runporto.pt
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