Há dias em que surge uma necessidade (muito) grande de comer uma sobremesa doce. Para aquelas pessoas que seguem um plano de emagrecimento, isto pode ser catastrófico. Mas saiba que existem alternativas. Tome nota das minhas recomendações e diminua o valor calórico das suas sobremesas.

Artigo da responsabilidade do Dr. Alexandre Fernandes, Licenciado em Nutrição e Engenharia Alimentar; Terapeuta; Autor;  www.bemnutrir.com

 

Por vezes – para algumas pessoas, quase todos os dias –, surge uma necessidade quase incontrolável de comer um doce. Para quem não tem problemas de excesso de peso, tudo fica mais fácil, mas para aquelas pessoas que seguem um plano de emagrecimento, comer um docinho pode ser catastrófico. Qual será, então, a melhor opção de sobremesas para quem quer emagrecer? A resposta óbvia seria escolher sobremesas de fruta, mas por vezes isto não satisfaz, pois não? Bem, o melhor é seguir as seguintes recomendações, de forma a diminuir o valor calórico das sobremesas doces.

RECOMENDAÇÕES

1- Substitua os ovos por sementes de linhaça. Por exemplo, para substituir um ovo, coloque uma colher de sopa de sementes de linhaça triturada em 3 colheres de sopa de água. Depois de bem misturada, deixe 2 minutos a repousar, antes de acrescentar aos restantes ingredientes da receita. Se a preparação (o doce ou a sobremesa) já for líquida ou semi-pastosa, pode adicionar as sementes de linhaça trituradas diretamente na preparação. Combina muito bem em receitas de bolos, panquecas, bolachas e biscoitos, por exemplo. Enquanto um ovo de galinha (clara mais gema) tem 70 calorias aproximadamente, uma colher de sopa de sementes de linhaça triturada tem 39 calorias.

NOTA – Estas sementes são uma excelente fonte de ácidos gordos ómega 3, que trazem muitos benefícios ao nosso organismo: ajudam a aliviar a tensão pré-menstrual; favorecem a circulação sanguínea, principalmente na irrigação de sangue para o cérebro; ajudam na depressão; e atuam como anti-inflamatórios.

2 – Substitua as natas por iogurte natural magro não açucarado. Se quiser preparar uma mousse, misture o iogurte com um pacote de gelatina em pó sem sabor: desta forma, não vai afetar a consistência da receita.

3 – Sempre que fizer um bolo, substitua o óleo ou o azeite por uma infusão de ervas, chá ou mesmo sumo de frutas. Lembre-se que uma colher de sopa de óleo (de qualquer qualidade) ou de azeite tem aproximadamente 90 calorias. Por exemplo, numa das receitas de bolo de cenoura é necessário uma chávena de chá de óleo, que tem por volta de 1170 calorias. Imagine que substitui pela mesma quantidade, mas de sumo de laranja, que tem somente 160 calorias. Desta forma, vai reduzir 1010 calorias na receita original! Não é uma excelente sugestão?

4 – Substitua o chocolate por cacau (igual ou superior a 90%) em pó. O chocolate tem na sua composição adição de açúcares e gorduras. Já o cacau em pó é o “chocolate puro”, tendo propriedades muito importantes para o nosso organismo, pois é uma excelente fonte de antioxidantes. Uma colher de sopa de cacau em pó tem, em média, 20 calorias; já o chocolate tem 60 calorias, dependendo da marca em questão.

5 – Para os amantes de salada de frutas acompanhada de natas ou de leite condensado, segue-se uma deliciosa dica. Para deixar a salada de frutas mais saborosa, faça um molho de iogurte natural magro (cabe a si optar pela versão açucarada ou não) batido com maracujá. O travo meio azedo do maracujá, juntamente com o sabor doce das frutas, deixam esta simples sobremesa muito mais sofisticada e deliciosa!

6 – Sempre que possa, substitua o ingrediente na versão normal pela versão mais magra. A versão magra está relacionada com o respetivo teor em gordura. Ainda que esta versão possa ter mais açúcar, é importante salientar que 1 grama de gordura apresenta 9 calorias, enquanto 1 grama de açúcar fornece 4 calorias. Isto significa que a receita terá uma diminuição importante do valor calórico da preparação final.

7 – Outra recomendação fundamental e que ajuda a diminuir bastante o valor calórico é substituir o açúcar por adoçante (que possa suportar temperaturas elevadas – caso seja necessário ir ao forno ou ao fogão).

Leia o artigo completo na edição de outubro 2017 (nº 276)