A Sociedade Portuguesa de Cardiologia elaborou e acaba de divulgar um conjunto de recomendações destinadas a toda a população, no âmbito da pandemia por pelo vírus SARS COV-2 (doença COVID-19).

 

Na presenta data, a SPC sustenta as seguintes posições:

 

  1. Os doentes portadores de doença cardiovascular significativa (DCVS) (cuja gravidade deve ser definida pelo médico ou equipa médica assistente) constituem um dos grupos em que a doença COVID-19 apresentou maior mortalidade. Além disso, os doentes com DCVS são mais vulneráveis para contrair infeções virais.

A SPC RECOMENDA AOS DOENTES COM DOENÇA CARDIOVASCULAR SIGNIFICATIVA A SUA PERMANÊNCIA EM CASA, REDUZINDO AO MÍNIMO INDISPENSÁVEL OS CONTACTOS COM O EXTERIOR.

 

 

  1. TODA A MEDICAÇÃO PARA DOENÇAS CARDIOVASCULARES DEVE SER TOMADA SEM INTERRUPÇÃO.

DE FORMA ESPECIAL ALERTA-SE PARA O PERIGO DE SUSPENDER MEDICAMENTOS QUE ATUAM NA COAGULAÇÃO DO SANGUE (antiplaquetares e anticoagulantes). Não existe qualquer evidência de influência negativa da medicação na doença COVID-19 ou da infeção viral na medicação. O cancelamento de consultas programadas e a dificuldade atual de acesso aos serviços, deve fazer antecipar a caducidade das receitas de forma a evitar roturas.

Mesmo situações crónicas como hipertensão arterial ou insuficiência cardíaca podem descompensar se a medicação for interrompida

 

  1. Apesar da recomendação de permanecer em casa, o aparecimento de sintomas agudos como dor intensa no peito ou falta de ar súbita o pedido de socorro não deve ser atrasado pelo perigo de agravamento da situação, que pode ser irreversível ou deixar marcas importantes no coração.

PERANTE DOR INTENSA NO PEITO, FALTA DE AR SÚBITA OU PERDA DE CONSCIÊNCIA (contacto através de alguém próximo), DEVE LIGAR-SE O 112 Todas as Unidades de Intervenção cardíaca continuam operacionais no país.