O Prof. David Ângelo, diplomado em Medicina pela Universidade da Beira Interior (UBI), foi recentemente convidado a integrar oficialmente a Sociedade Americana de Cirurgiões da Articulação Temporomandibular. É, assim, o primeiro médico português a integrar o prestigiado organismo, na sequência do trabalho de excelência que tem desenvolvido nos campos da cirurgia e da investigação.

David Ângelo terminou o curso de Medicina em 2010, tendo obtido a especialização em Estomatologia. Mais tarde, concluiu o grau de Doutor em Cirurgia Maxilofacial, na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa (FMUL), com distinção e louvor. Foi fundador do Instituto Português da Face, em Lisboa, onde aplica técnicas inovadoras que, agora, vão também ser exploradas nos Estados Unidos da América.

O especialista participou, entre 3 e 5 de março, no encontro anual da Sociedade Americana de Cirurgiões da Articulação Temporomandibular, que decorreu em San Diego.

“Alegra-me saber que os artigos que conseguimos publicar nos últimos anos foram muito valorizados e as pessoas abordavam-me nos intervalos para trocar impressões sobre diferentes técnicas e protocolos e ficavam admirados de eu ser tão novo. Fiquei feliz por participar ativamente nas novas ‘guidelines’ americanas que serão publicadas em breve. Houve abertura e interesse em introduzir a base de dados que desenvolvi em alguns hospitais americanos, nomeadamente em Harvard. Por fim, haverá novos projetos, novos desafios luso-americanos a caminho”, escreveu David Ângelo na rede social Facebook.

David Ângelo, natural de Porto de Mós (distrito de Leiria), já era membro da sociedade europeia congénere da americana, desde 2018. Ao longo da ainda curta carreira, tem contribuído com sucesso para o desenvolvimento de técnicas minimamente invasivas para tratamento da disfunção da articulação temporomandibular. Na área científica conta com vários prémios de investigação e conferências internacionais que lhe permitiram ter uma visão de progresso e desenvolvimento na área da medicina regenerativa e biomateriais inteligentes. Em 2015, recebeu o prémio de jovem investigador na área da dor pela Fundação Grunenthal.