Tal como as árvores mudam as suas folhas e os animais o pelo e as penas, os humanos mudam a pele do rosto e do corpo, num processo natural de renovação celular, que dura entre quatro a seis semanas.
A pele liberta constantemente células mortas, com o que adquire um aspeto mais novo, mais fresco e muito mais saudável. Mas não o faz de uma forma regular e, por vezes, nem sequer espontânea. Se favorecermos este processo, através de uma técnica designada por esfoliação, podemos livrar-nos de vários problemas, para além de obtermos uma pele “nova” muito mais depressa.
Determinadas epidermes apresentam uma acumulação excessiva de células mortas à superfície e isso, além de lhe dar um aspeto apagado, pode provocar a formação de borbulhas e acne, pois impede a saída do sebo pelo folículo piloso. Além de mais, com o passar dos anos tempo, o processo natural de renovação cutânea retarda-se. A pele necessita de atividade, que a ajude a renovar-se, a purificar-se e a regenerar-se. Para isso, utilizam-se – como já dissemos – produtos esfoliantes, que facilitam a eliminação das células mortas, que se formam diariamente sobre a epiderme.
UM ATO IMPRESCINDÍVEL
A esfoliação deve praticar-se sempre, como um ato imprescindível na limpeza e cuidado do rosto e corpo, sobretudo nas mudanças de estação. A pele exposta ao excesso de radiação solar reage, engrossando a camada córnea, que é a sua melhor defesa natural. E este aumento de espessura, benéfico na época estival, é prejudicial no outono, pois pode asfixiar literalmente a pele, bem como retirar eficácia aos tratamentos e produtos cosméticos habitualmente usados. Uma pele livre de impurezas permite uma hidratação mais profunda, que é algo de fundamental para conseguir uma boa pele.
PEQUENOS GRÂNULOS
Para a esfoliação, podem usar-se cremes ou geles, que contêm pequenos grânulos, os quais atuam como partículas de arraste, retirando as células mortas. São produtos de origem milenar, pois já na Grécia Antiga se utilizavam argilas, para deixar a pele mais suave.
Os esfoliantes aplicam-se uma ou duas vezes por semana, na pele húmida ou seca, com uma suave massagem na zona a esfoliar – o ideal é ajudar com uma luva de crina – e, depois, retiram-se com água em abundância. Nas costas e na zona do decote, a persistência desta operação proporciona excelentes resultados. Também há que insistir nas zonas mais rugosas, como os cotovelos, os joelhos e os tornozelos.
A cosmética actual permite, igualmente, a esfoliação química, graças aos alfa-hidroxiácidos. Os produtos renovadores que os contêm ativam a esfoliação, separando completamente as células entre si, as quais, uma vez soltas, são eliminadas de forma natural, por desprendimento.
Leia o artigo completo na edição de outubro 2017 (nº 276)