O conceito de saúde reprodutiva implica que as pessoas possam ter uma vida sexual satisfatória e segura e que tenham a capacidade de se reproduzir e decidir se, quando e com que frequência o fazem. Esta condição pressupõe o direito das mulheres a serem informadas e terem acesso a métodos de contraceção da sua escolha, que sejam seguros, eficazes e aceitáveis.

 

Artigo da responsabilidade da Dra. Sofia Jovina Domingues. Médica ginecologia no Centro Hospitalar de Setúbal

 

Hoje em dia, existem várias opções de métodos contracetivos, dividindo-se entre hormonais e não hormonais, como o dispositivo intrauterino (DIU) e o preservativo, consoante a administração (oral, intrauterino, injetável) e a duração (longa ou curta), sendo que os ginecologistas aconselham os diferentes métodos de contraceção existentes tendo em conta as situações individuais e condições médicas especiais.

Aconselhamento é fundamental

Não existe um método contracetivo que seja indicado para todas as mulheres de forma universal e é por isso que a variedade da oferta é importante. O método contracetivo mais adequado é determinado por situações individuais e condições médicas subjacentes.

Por um lado, é fundamental assegurar que o método de contraceção não acresça morbilidade à utilizadora, não potencie agravamento de uma condição médica existente e que a condição médica existente não interferira na eficácia do método elegível.

Por outro lado, o desejo da mulher também é tido em conta. Por exemplo, se a mulher desejar um método de contraceção de longa duração, que não tenha de se preocupar com a sua administração e com a mínima absorção do componente hormonal, poderá optar por um sistema intrauterino.

É neste contexto que o aconselhamento de um especialista é fundamental para garantir a efetividade de um método contracetivo. O profissional de saúde deve informar,, de forma clara, os diferentes métodos de contraceção existentes, assim como o seu uso correto, eficácia, possíveis efeitos adversos, riscos associados, benefícios não contracetivos, atitude a tomar em caso de falha de utilização ou utilização simultânea de outros medicamentos. Desta forma, o médico cria condições para uma opção individual e livre, considerando a situação ou condição médica, as necessidades e as expetativas da utente.

Leia o artigo completo na edição de novembro 2021 (nº 321)