Está em curso o primeiro estudo português sobre o impacto das variáveis psicossociais na qualidade de vida dos doentes e cuidadores com mieloma múltiplo.

Artigo da responsabilidade da Profª Maria da Graça Pereira, Centro de Investigação em Psicologia da Universidade do Minho

O mieloma múltiplo é uma doença maligna rara, que afeta os plasmócitos, células sanguíneas encontradas na medula óssea, local de produção dos constituintes do sangue, sendo o tipo mais comum de tumor das células plasmáticas. Trata-se de uma condição desconhecida da maioria da população e, quando é feito o diagnóstico, são muitas as dúvidas e as questões dos próprios doentes e familiares que os acompanham. O facto de ser uma doença rara, apesar de cada vez mais incidente, também contribui para o desconhecimento.

O mieloma múltiplo ocorre, mais frequentemente, entre os 50 e os 70 anos.  Estes pacientes apresentam geralmente sintomas hematológicos (anemia, insuficiência da medula óssea, distúrbios hemorrágicos), complicações ósseas (fraturas patológicas, lesões ósseas líticas, hipercalcemia relacionada com a remodelação óssea excessiva), insuficiência renal, infeções recorrentes devido ao comprometimento da função imunológica e complicações neurológicas. Para além destes sintomas mais biológicos/físicos, os problemas psicológicos e sociais configuram-se como uma realidade premente nestes pacientes, com implicações significativas na sua qualidade de vida.

Entretanto, a incidência da doença em indivíduos mais novos está a aumentar. Em 3% dos casos, os doentes com mieloma múltiplo têm menos de 40 anos quando diagnosticados.

Leia o artigo completo na edição de julho/agosto 2016 (nº 263)