A Associação Portuguesa para o Estudo do Fígado (APEF) está a promover uma ação de consciencialização sob o mote “A Hepatite não pode esperar”. Esta iniciativa tem como objetivo alertar a população para a importância de diagnóstico precoce das hepatites, como forma de tratamento eficaz desta doença, e surge no âmbito das comemorações do Dia Mundial das Hepatites, que se assinala a 28 de julho.

“Com esta iniciativa pretendemos alertar para a importância de prevenir e tratar precocemente estas doenças. Quanto mais cedo forem detetadas, melhores as chances de viver uma vida longa e saudável. O não tratamento da hepatite B e C implicará a evolução para cirrose hepática e, nalguns casos, o desenvolvimento de doenças mais graves, tais como o cancro do fígado”, explica o Dr. José Presa, presidente da APEF.

E acrescenta: “Atualmente, a taxa de cura para a hepatite C situa-se em 97 por cento, sendo fundamental que o diagnóstico seja feito atempadamente. Os medicamentos inibem a multiplicação do vírus da hepatite B, mas conseguimos eliminar o vírus da hepatite C, e, desse modo, reduzir as lesões causadas ao fígado. Na maioria das vezes, o tempo é o melhor amigo do tratamento das hepatites. Não adie a consulta ao seu médico”.

A hepatite é uma doença evitável, tratável e, no caso da hepatite C, é curável. As hepatites virais B e C afetam 325 milhões de pessoas em todo o mundo, causando 1,4 milhões de mortes por ano.

Em Portugal, estima-se que existam aproximadamente 50 mil doentes, a maioria por diagnosticar. Os principais afetados são os consumidores de drogas injetáveis e as pessoas que receberam transfusões de sangue antes de 1992. Pode evoluir para doença hepática grave, sendo uma das principais causas de cancro do fígado e uma das mais importantes causas de cirrose (25 por cento dos casos). A gravidade e o prognóstico da hepatite variam consoante o tipo de hepatite e as comorbilidades já existentes. Os tratamentos são simples, rápidos e sem custos para o doente.