Com o recente lançamento de um novo mini-adesivo, passámos a ter mais uma “ferramenta” disponível nas escolhas contracetivas, especialmente adequada a mulheres ativas.

 

fotoArtigo da responsabilidade do Dr. Cláudio Rebelo, Ginecologista-obstetra no Hospital Pedro Hispano (ULS de Matosinhos) e no Hospital CUF Porto

Na sociedade atual, a prática de atividade física regular é recomendada como integrante essencial de um estilo de vida saudável.

Com o lançamento dos anticoncecionais orais, em maio de 1960, passámos a interferir de forma crucial em vários aspetos da vida da mulher. A utilização do estrogénio (etinilestradiol) e de um progestativo na pílula combinada permite “manipular” as variações hormonais do ciclo natural da mulher, com múltiplos ganhos em saúde.

Para além de evitar a gravidez, os efeitos benéficos não contracetivos destes fármacos, com o alívio dos sintomas hormonais da síndrome pré-menstrual (cefaleias, cólicas abdominais, edemas), são uma benesse para todas as mulheres e, nomeadamente, para as desportistas.

O programar das hemorragias de privação e a diminuição do volume de perdas hemáticas são ainda benefícios adicionais destes métodos hormonais.

VIA ORAL VS VIA CUTÂNEA

Os anticoncecionais orais (pílula diária) são a forma de contraceção mais utilizada em todo o mundo desenvolvido[1]. Apesar de possuírem elevada eficácia, estão associados a falhas (por esquecimento), que diminuem muito a sua eficácia real, acarretando o risco de gravidezes não planeadas e não desejadas.

A utilização da via oral acarreta ainda uma baixa biodisponibilidade do etinilestradiol (40%), variações intra e interindividuais nas farmacocinéticas das hormonas esteroides e um maior risco de interações medicamentosas pelo fenómeno de primeira passagem hepática.

Por seu lado, a utilização da via cutânea para contraceção permitiria aumentar a adesão, ao passarmos de um método diário para um método de adesivo semanal, e melhorar o perfil farmacocinético, por trocarmos a via oral pela via transdérmica. Uma série de fatores poderiam influenciar a taxa de absorção pela pele destes fármacos e assim influenciar a sua ação e eficácia.

Leia o artigo completo na Edição de janeiro 2016 (nº 257)