Um certo grau de stress é necessário à vida. Contudo, pressões demasiado fortes – ou mesmo pequenas, mas muito frequentes – afetam negativamente o nosso bem-estar. Saber reconhecer os nossos limites e aprender a controlar esse stress é importante para a defesa da saúde.

 

O stress não é uma doença em si, mas a sua presença prolongada torna-nos mais vulneráveis a diversas patologias. Poderíamos identificar muitíssimos problemas de saúde recorrentes cuja causa principal é o stress. Os seus efeitos negativos traduzem-se, por exemplo, em quadros de insónia, ansiedade, cansaço, nervosismo, esgotamento e irritabilidade, entre outros.

No entanto, o stress também tem a sua face positiva. Trata-se de um mecanismo de reação, que nos permite agir com segurança em contextos em que há que dar uma resposta pronta.

Enfrentar o stress quotidiano não deve constituir um problema, mas quando as exigências se repetem com excessiva frequência, intensidade ou duração, podem produzir um desgaste importante, ao sobrecarregarem o organismo e impedirem que este recupere de modo adequado. Quando se atinge este ponto de saturação, o stress começa a converter-se numa ameaça para a saúde.

Características individuais

A somar às circunstâncias externas que podem propiciar o stress, cada indivíduo tem a sua forma pessoal de reagir perante determinadas situações. Há certas características individuais que podem tornar uma pessoa mais vulnerável face às situações de stress: um perfil de risco é o das pessoas ansiosas, com baixa autoestima e sensação de impotência, embora também o possam ser pessoas ambiciosas e competitivas, com tendência para a hostilidade.

Um stress recorrente pode resultar em depressão, apatia, falta de concentração, ansiedade, problemas endócrinos e patologias cardiovasculares, digestivas, respiratórias, neurológicas ou, inclusive, oncológicas.

Ponto de inflexão

O ponto de inflexão chega quanto diminui a qualidade de vida do indivíduo e surgem problemas físicos ou emocionais importantes associados ao stress contínuo.

No início, costuma produzir-se uma série de sintomas menores, como dores de cabeça, alterações do sono, cansaço, tensão, irritabilidade, falhas de memória, falta de concentração, dores de costas e pescoço ou dos membros superiores e inferiores. Também pode produzir-se redução do rendimento laboral, erros frequentes ou acidentes devido ao cansaço.

A médio prazo, se o stress não é controlado, estes sintomas adquirem uma maior gravidade, frequência e intensidade, podendo provocar sérios danos à saúde, tanto a nível físico como mental.

Leia o artigo completo na edição de março 2022 (nº 325)