Múltiplos e indiscutíveis são os benefícios da prática desportiva, tanto para a saúde física como mental dos adolescentes. No entanto, essa prática deve ser planeada e executada de forma consciente.

 

0-dsc04126Artigo da responsabilidade do Prof. Pedro Nunes, Personal Trainer do Holmes Place de Algés

Segundo a Organização Mundial de Saúde, existem cada vez mais adolescentes com excesso de peso ou algum grau de obesidade, principalmente nos países desenvolvidos. O estilo de vida e o tipo de alimentação seguidos resultam nesta que é chamada a doença do século XXI.

O exercício físico é essencial para contrariar esta situação, a qual gera grande preocupação entre os responsáveis pela saúde mundial. Deste modo, o incentivo a esta prática é muito maior nos dias de hoje, do que era no passado.

Os diversos estudos entretanto realizados são claros quanto aos benefícios do exercício físico para a saúde, tanto física como mental.

EM BUSCA DAS PREFERÊNCIAS

Assim sendo, é extremamente importante praticar desporto na adolescência, como forma de preparação para um estilo de vida saudável na idade adulta. É neste período que a maioria dos jovens experimenta diversas modalidades e atividades desportivas, de modo a encontrar aquela com que mais se identifica. Estas podem ser de cariz coletivo ou individual.

Cada vez mais são procurados os ginásios e health clubs, como forma de corresponder a esta necessidade, por questões de saúde, de estética e até de socialização.

No entanto, o tipo de treino realizado tem de ser planeado de forma coerente, para que o desempenho das diversas ações seja otimizado, quer nas atividades desportivas quer nas simples tarefas diárias.

CUIDADOS A TER

No que diz respeito ao treino, qualquer material disponível na sala de exercício pode ser utilizado, tendo em conta o nível de treino do jovem. Numa fase inicial, é importante ter consciência de que é necessário um período de adaptação anatómica, isto é, preparar ligamentos, músculos e articulações para cargas de treino mais intensas que irão acontecer no futuro.

Para isso, o treino em suspensão (com o TRX), com instabilidade (bosu, bola suíça, bola medicinal), com resistência (elásticos) ou apenas com o peso corporal são uma ótima forma de realizar esta adaptação e trabalhar outras competências, como a habilidade motora, estabilidade, agilidade, tonificação e força muscular, de forma a reduzir a possibilidade de futuras lesões.

O exercício deve ser direcionado para os diversos segmentos corporais (tronco, braços e pernas), para que ocorra um desenvolvimento equilibrado de toda a estrutura musculoesquelética.

O treino com pesos livres apenas deve ser realizado no caso de existir uma grande experiência de treino do jovem ou com supervisão de um profissional, visto que este permite uma grande liberdade de movimentos, com maior instabilidade e carga, o que resulta num maior risco de lesão no caso de utilização inapropriada.

No caso de jovens que praticam alguma modalidade desportiva e procuram no treino de força um complemento para a sua atividade principal, o exercício poderá ser mais intenso, procurando principalmente o aperfeiçoamento dos movimentos funcionais, o qual, por sua vez, dará origem a um melhor desempenho desportivo.

Leia o artigo completo na edição de outubro 2016 (nº 265)