Numa altura em que se desconhecem ainda a duração e as verdadeiras consequências e danos do novo Covid-19, nasce o projecto COmVIDas para tentar dar resposta ao número visivelmente crescente de instituições de apoio ao idoso a precisar da ajuda de voluntários, à medida que os profissionais de saúde são cada vez mais precisos nos hospitais e que os recursos nos lares se vão tornando cada vez mais escassos.
O COmVIDas é um projeto que pretende unir quem precisa de ajuda a quem quer e pode ajudar. Quer ser uma rede de voluntários capazes de ajudar de forma segura e responsável as instituições de apoio ao idoso de todo o país, com vista a promover um maior conforto e a melhor qualidade de vida possível aos idosos, tentando garantir desta forma a dignidade dos mesmos neste momento de emergência sendo um complemento às estruturas existentes.
Tudo começou no domingo, dia 29 de Março, quando receberam uma mensagem a pedir ajuda para um lar no interior. Surgiram muitas dúvidas, a necessidade de formação em segurança na saúde e algumas dificuldades logísticas. Por outro lado, apareceram logo muitas pessoas a querer aderir ao pedido de apoio. Em menos de 24 horas, reuniram-se 100 voluntários dispostos para arrancar em missão enquanto nas notícias muitos outros lares em dificuldade pediam também ajuda. Toda a ajuda tinha que ser cautelosa e todos os passos prudentes.
Nasceu assim, em poucos dias e pela mão de um grupo multidisciplinar de universitários e profissionais,  o site www.portugalcomvidas.com com o objetivo de fazer a ponte entre as suas duas principais áreas de atuação: as instituições de apoio ao idoso e os voluntários.
Na área do voluntariado, os esforços estarão concentrados em:
• Gerir as candidaturas de voluntários e suas informações (condições de saúde, possíveis suspeita de covid-19, disponibilidade, área de formação, entre outras).
• Selecionar e montar, de forma rigorosa, equipas de voluntários capazes de ajudar as instituições de forma segura, evitando o aumento do número de contágios (dando prioridade aos estudantes de medicina, enfermagem ou de outras áreas da saúde, mas incluindo também voluntários disponíveis para outras tarefas não especializadas, mas igualmente necessárias).
• Coordenar e assegurar formação aos voluntários selecionados antes de partirem para o terreno, em duas áreas principais: segurança da saúde (vestir e despir o equipamento EPI, cuidados a ter em casa, na instituição e nas deslocações, etc.); e preparação a nível psicológico e emocional (como comunicar com os idosos e com as suas famílias, postura a ter no lar, gerir emoções e lidar com o luto, etc.).
No contacto com as instituições:
• Gerir a receção das inscrições das instituições de apoio ao idoso.
• Criar, em coordenação com cada instituição, um plano de acção conjunto de forma a responder melhor às suas maiores necessidades.
• Criar, em coordenação com cada instituição, um protocolo específico de actuação para a mesma, com vista a responder às suas maiores necessidades (recursos humanos, material de proteção, formação na área da psicologia e da segurança na saúde, etc.).
• Escolher, seleccionar e enviar equipas de voluntários para o terreno, capacitados e formados para as necessidades específicas de cada instituição, assegurando a articulação com a mesma e com outras entidades para toda a logística inerente (formação, material de proteção, alojamento, transporte, alimentação, etc.).