DOR E DISTENSÃO ABDOMINAL, PRODUÇÃO EXCESSIVA DE GASES, DIARREIA E/OU OBSTIPAÇÃO SÃO OS SINTOMAS QUE CARACTERIZAM A SÍNDROME DO INTESTINO IRRITÁVEL, UMA PERTURBAÇÃO DO FUNCIONAMENTO DO SISTEMA DIGESTIVO QUE AFETA CERCA DE 11% DA POPULAÇÃO MUNDIAL.

 

A síndrome do intestino irritável (SII) não é muito conhecida pela população em geral, já que os problemas intestinais são, por vezes, um assunto tabu. No entanto, pode ter grande impacto na qualidade de vida.

A síndrome afeta, sobretudo, mulheres entre os 40 e os 50 anos. É a ligação que existe entre o cérebro e o intestino que provoca estes sintomas: na SII, o cérebro envia informações ao intestino que são percecionadas de uma forma exagerada, o que afeta a sua função.

SERÁ QUE SOFRO DE SII?

Se estes sintomas lhe são familiares e se as queixas tendem a persistir por vários meses, é possível que sofra de SII. Deve consultar o seu médico, a fim de efetuar o diagnóstico e iniciar o tratamento.

MELHOR QUALIDADE DE VIDA

A SII é uma condição crónica, mas é já possível controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida. Além do tratamento farmacológico, as modificações do estilo de vida, através da dieta, exercício físico e técnicas de relaxamento, ajudam a controlar os sintomas.

PAPEL DOS PROBIÓTICOS NO ALÍVIO DOS SINTOMAS

Embora as causas da SII não sejam claras, os cientistas concordam que as bactérias intestinais – microbiota – estão implicadas no seu início e/ou desenvolvimento.

A toma de determinados probióticos – bactérias e/ou leveduras vivas –, quando ingeridos em quantidade adequada, têm ação benéfica na saúde do hospedeiro, entre as quais a redução dos sintomas da SII.

Para que um microrganismo seja considerado um probiótico, deve estar bem identificado e estudado, para comprovar a sua eficácia e em que tipo de situações. Os probióticos não são todos iguais e cada um tem os seus próprios efeitos.

O probiótico Bifidobacterium Longum 35624 demonstrou reduzir os sintomas da síndrome do intestino irritável. Esta estirpe faz parte de uma família de bactérias transmitidas da mãe para o bebé no nascimento, a qual vive naturalmente no intestino humano. Foi demonstrado, em ensaios clínicos, que o probiótico transita pelo sistema digestivo e chega vivo ao intestino, onde adere à parede intestinal, proporcionando uma camada calmante e fortificante. Este probiótico, líder nos EUA[1] para a SII, já é comercializado no nosso país.

 

DESTAQUE

O que é, afinal, a microbiota intestinal?

Um adulto está colonizado por cerca de 100 triliões de microrganismos, que vivem e convivem pacificamente no seu corpo. Tal convivência é benéfica, quer para o homem, quer para estes microrganismos. É uma relação simbiótica, uma vez que ambos beneficiam dela.

Os microrganismos que vivem no intestino constituem a chamada microbiota intestinal, aquilo que antigamente era conhecido como “flora intestinal”.  Cada pessoa está colonizada com aproximadamente 100 a 400 bactérias, das cerca de 1000 espécies intestinais descritas, o que confere uma variedade muito grande entre indivíduos, levando a que cada pessoa tenha a sua própria microbiota intestinal.

Estudos científicos recentes demonstraram que a composição da microbiota intestinal está relacionada com a probabilidade de uma pessoa desenvolver determinadas doenças, tais como diabetes, obesidade, asma, pele atópica, depressão e até algumas doenças oncológicas, por isto, é tão importante manter uma função intestinal normal, que depende de uma microbiota equilibrada.

 

DESTAQUE

PUM – A Vida Secreta dos Intestinos

Imagine que tem visão raio-x e consegue observar o que se passa dentro do seu corpo. Já imaginou? Agora foque esse super poder nos seus intestinos. Já está? Perfeito. Então, prepare-se para esta viagem que vai revelar tudo o que precisa saber sobre o nosso órgão mais subestimado.

A nova exposição temporária do Pavilhão do Conhecimento, inspirada no livro de Giulia e Jill Enders “A Vida Secreta dos Intestinos” e produzida pela Cité des Sciences et de l’Industrie de Paris, em parceria com o Pavilhão do Conhecimento e o Heureka, mostra-nos em detalhe o mundo fascinante deste órgão que é recordista em número de habitantes.

No nosso intestino “moram” 100 mil milhões de bactérias. Sim, leu bem: 100 mil milhões de bactérias, o que significa que carregamos cerca de dois quilos destes minúsculos seres.

A microbiota intestinal é tão importante para a nossa saúde que tem ligação directa com o nosso cérebro e, por isso mesmo, consegue alterar o nosso peso e comportamento.

 

 

Veja o vídeo “Mundo da Microbiota”

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https://www.biocodexmicrobiotainstitute.com/pt-pt

 

1Probiotics as a Therapy in Gastroenterology: a Study of Physician Opinions and Recommendations. J Clin Gastroenterol. 2010 Oct;44(9):631-6.

WGO: World Gastroenterology Organisation