A anemia ferripriva – por deficiência de ferro – é a forma mais vulgar desta perturbação e surge quando as perdas do mineral, juntamente com qualquer necessidade adicional, excedem a quantidade obtida dos alimentos.

 

A definição exata de anemia é a falta de hemoglobina no sangue. A hemoglobina é o pigmento que transporta o oxigénio através do sangue a todo o corpo e que faz com que os glóbulos vermelhos pareçam vermelhos.

A anemia pode ser resultado de um número reduzido de glóbulos vermelhos a circular pelo organismo ou ser devida à falta de hemoglobina presente nos glóbulos vermelhos ou, ainda, a uma combinação destes dois fatores. Assim, a anemia é provocada por uma deficiência de determinados elementos que são indispensáveis à formação de glóbulos vermelhos – tais como o ferro, o ácido fólico e a vitamina B12 – ou a uma produção deficiente desses glóbulos vermelhos. Neste último grupo, incluem-se doenças como a leucemia, o cancro ósseo ou as anomalias da medula óssea.

Quais as causas?

Não cabe no âmbito este artigo referir todas as causas da anemia. Por isso, apenas vão ser referidas as anemias provocadas por carência de ferro e deficiências vitamínicas, para as quais as mulheres estão particularmente predispostas.

O organismo humano utiliza uma pequena quantidade destas substâncias, mas necessitamos delas diariamente, sendo a sua melhor fonte natural os vegetais com folhas verdes.

Todas as mulheres perdem algum sangue mensalmente, devido à menstruação, perdendo hemoglobina nesse processo. Por outro lado, durante a gravidez, surgem alterações no modo como o organismo utiliza o ácido fólico, uma das vitaminas do grupo B. Tanto o ácido fólico como o ferro são indispensáveis ao desenvolvimento do bebé. Se a gestante sofre de uma carência de ácido fólico, essa carência pode resultar numa anemia, de graves consequências para o feto. É por essa razão que os suplementos de ácido fólico e de ferro são prescritos às grávidas, de forma rotineira.

Pesquisas recentes indicam que nem todas as grávidas necessitam desses suplementos, mas as consequências de uma eventual carência são tão graves que todas devem submeter-se a análises sanguíneas rigorosas, durante a gravidez.

A anemia de vitamina B12, também conhecida como “anemia maligna”, resulta, geralmente, da forma como o nosso corpo absorve aquela vitamina. A maior parte das pessoas obtém uma quantidade suficiente de vitamina B12 a partir da alimentação, mas se uma determinada substância, conhecida como fator intrínseco, não estiver presente no estômago, a vitamina B12 não é absorvida. A anemia maligna, além de afetar a produção de glóbulos vermelhos, também afeta o sistema nervoso central, por esse mesmo motivo.

Leia o artigo completo na edição de fevereiro 2018 (nº 280)