57% dos portugueses que pertencem à Geração Z (idades entre 18 e 24 anos) e aos Millennials (idades entre os 25 e os 34 anos) assume estar disponível para comprar produtos em segunda mão. Os dados são revelados por um estudo desenvolvido pela empresa Koos Service Design para a Wallapop, que abrange jovens de Portugal, Espanha e Itália, os países onde a plataforma está disponível.

Segundo este estudo, para os inquiridos portugueses, a razão mais importante para fazerem compras em segunda mão está relacionada com a poupança (28,7% de todas as respostas). Este valor é mais alto do que os dados recolhidos relativamente a Espanha (17,1%) ou Itália (17,8%).

Quando se fala em compra de artigos em segunda mão, é ainda destacado um receio entre os compradores que o produto não corresponda às expetativas. Para os portugueses, a possibilidade do produto não corresponder às suas expetativas é o maior obstáculo para comprar em segunda mão (16,2% de todas as respostas). Este é um valor semelhante ao apresentado em Itália (16,9%), mas acima de Espanha (9,5%).

O estudo realizado a pedido da Wallapop – plataforma de artigos em segunda mão – revelou ainda que quando os inquiridos fazem compras em segunda mão com maior regularidade sentem-se menos inseguros e desconfiados e começam a sentir-se mais conscientes, satisfeitos, úteis e inteligentes.

Já no que diz respeito à sustentabilidade, os portugueses também assumem que gostavam de ter um papel mais ativo. Com 42% de todas as respostas, o facto de serem mais caros é a principal razão apontada para os portugueses não comprarem mais produtos sustentáveis. Um valor bastante superior quando comparado com a Espanha (25%) e a Itália (31%).

O estudo teve como principal objetivo compreender as motivações, necessidades e comportamentos dos jovens entre os 18 e os 34 anos no momento da compra, especialmente em relação a sustentabilidade, compra de produtos em segunda mão e compras online ou em loja. Os resultados mostram que o fator cultural pode influenciar o processo de compra das diferentes pessoas e aquilo que mais valorizam. Em relação à compra em segunda mão, o estudo mostra que portugueses e espanhóis estão mais dispostos a comprar produtos de outra pessoa.